Recentemente ouvi um desses pregadores da tv declarar: “O diabo é o pai do Rock”, pode parecer estranho, mas ainda existe gente que acredita nessa tolice. Qualquer pessoa que pare para refletir seriamente sobre este assunto vai descobrir que essa afirmação não tem nenhuma base bíblica. Não existe nenhum versículo sequer das Sagradas Escrituras que possa servir de base para uma afirmação tão irresponsável.
Temos que ser justos na nossa avaliação. Se pensamos assim sobre o rock, o mesmo pode ser pensado sobre outros estilos, como a clássica, o samba, a popular brasileira, o Jazz, etc.
O que falar das músicas conhecidas como gospel contemporânea, cantadas em nossas igrejas e muitas delas tendo como base rítmica o rock. Com exceção logicamente dos hinos antigos. Ou será que os compositores cristãos recebem suas músicas diretamente do céu, ficando assim livres de qualquer influência ou gosto pessoal? Tomei conhecimento, se verdade não sei, que a música preferida e mais usada nas igrejas satânicas é a música clássica. E aí como é que fica? Agora só por causa disso a música clássica é satânica?
Falando francamente no cenário do rock nós vamos encontrar muitos músicos e bandas envolvidas com ocultismo, violência, uso de drogas e promiscuidade sexual, isso é um fato. Mas é fato também, que no carnaval brasileiro, existe também, muita violência, promiscuidade sexual e uso de drogas e a música que embala o carnaval é o samba.
Alguns mestres da música clássica foram envolvidos com bruxaria e ocultismo. Muitos compositores de música popular brasileira não são cristãos. Será que o problema é a música? O problema não é a música que se ouve, nem o tamanho do cabelo e nem a roupa que se veste. O problema é a maldade no coração do homem que anda longe de Deus. O homem sem Deus é alguém dirigido pelo seu próprio egoísmo, cheio de si mesmo, cheio de enganos, cheio de um vazio que ele tenta preencher a qualquer custo. Santo Agostinho dizia: “O homem foi feito por Deus, e longe dEle o homem sempre vai estar faltando um pedaço”. É importante entender que o ritmo de uma música é amoral. Ou seja o ritmo não é nem bom, nem mau. Um bisturi em cima de uma mesa não é nem bom, nem mau, ele tanto pode ser usado para fazer uma operação que vai salvar a vida de uma pessoa, como pode ser usado para cortar a garganta de alguém na rua em um assalto. Então o que conta é como ele é usado. A música é um veiculo e nada mais. É como um copo vazio. Se você puser água cristalina nele e beber, faz bem; mas se você puser veneno e beber você morre. O que de fato faz diferença numa música seja do que ritmo for é o seu conteúdo, ou seja, a sua mensagem. Se a letra de uma música induz a violência, ao uso de drogas e a imoralidade, seja ela de que ritmo for, é ruim.
As Sagradas Escrituras advertem para o fato de que teremos que dar conta das palavras que falamos e não importa se foi através do rock, do samba, da MPB ou simplesmente balada.(Mateus 12:36,37). Neste ponto fica evidente que é muito mais saudável prestigiar as bandas de white rock (rock cristão).Existem hoje bandas cristãs de excelente qualidade e nos mais variados estilos, como thrash, punk, death, pop, heavy tradicional, noise, etc. Muitos líderes religiosos hoje estão coando mosquitos e engolindo camelos.
Estão preocupados com coisas demasiado insignificantes e se esquecendo das coisas que de fato tem importância. Para terminar vamos encarar algumas coisas de frente e sem medo de sermos felizes: Em nenhum lugar das Sagradas Escrituras você encontra Deus fazendo escolha por este ou aquele ritmo musical. Para Deus o que importa é a sinceridade da adoração, se o coração é puro ou não. A música que o povo de Israel tocava em seus momentos de júbilo eram músicas alegres, energéticas, havia muitos gritos e danças (I Reis 1:40,II Samuel 6:14,15) Antes mesmo de existir a guitarra ou a bateria o pecado já estava separando o homem de Deus (Romanos 6,7,8). Esperamos que essa matéria possa lhe ajudar a escolher melhor o que você ouve. É preciso ter bom senso na hora de fazer as suas escolhas.
By Pr. Vitor Hugo Mendes de Sá